quinta-feira, 12 de maio de 2011

MPF investiga incentivos à Grendene


Um dos reflexos imediatos do fechamento da linha de produção da Vulcabras-Azaleia em Parobé foi a abertura de uma investigação pelo Ministério Público Federal, em Novo Hamburgo, em torno dos incentivos fiscais concedidos à empresa calçadista Grendene. Pedro Grendene, um dos fundadores e vice-presidente do Conselho de Administração da empresa, também é acionista da Vulcabras-Azaleia. A Grendene não se manifestou a respeito.

Para Celso Tres, procurador da República, as empresas são controladas pelos mesmos proprietários e têm tradição em demissões em massa. "Não há explicação para empresas que recebem incentivos fiscais e financiamento de bancos públicos e atuam dessa forma, muitas vezes adquirindo fábricas em outros países com esses recursos."

A investigação fará um levantamento dos benefícios dados às empresas do grupo nos últimos oito anos. "O governo federal também será réu, pois não fiscalizou a utilização dos recursos e o cumprimento do contrato", afirma o procurador, lembrando as demissões de 2005 e 2008, quando a Grendene demitiu 2,5 mil em São Sebastião do Caí e 800 em Portão. Segundo Tres, nos últimos anos, a Grendene recebeu R$ 3 bilhões em empréstimos do BNDES, com juros de 4% ao ano.

Correio do Povo

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