domingo, 5 de setembro de 2010

Obama tem recaída por Bush


Jurandir Soares, Relações Internacionais

O presidente Barack Obama, em pronunciamento à nação nesta terça-feira à noite, anunciou oficialmente o fim da guerra no Iraque. Disse que retirou 100 mil soldados do Iraque, deixando lá um contingente de 50 mil para ajudar os iraquianos a estabelecer a sua própria segurança. Disse ele que o Iraque é uma página virada. Obama estava cumprindo sua promessa de campanha.

Mas Obama disse também que antes de fazer seu pronunciamento conversou com o ex-presidente George Bush. Pois parece que se deixou influenciar pelos posicionamentos de seu antecessor. Pra começar, disse que terminou a operação “liberdade para o Iraque”, que foi o nome dado por Bush. E mais: Obama disse estar maravilhado com o sacrifício de “homens e mulheres americanos em uniforme”, que lutaram em “um lugar distante, por pessoas que nunca conheceram”. Ora lutaram por pessoas que nunca conheceram? Vai querer convencer, como tentou fazer Bush, que os EUA foram lá lutar única e exclusivamente para implantar a democracia no Iraque! Então porque não fazem o mesmo na Arábia Saudita, no Kuwait e em tantas outras monarquias absolutistas da região, que praticam mais atrocidades do que os aiatolás do Irã.

Todo mundo sabe que Bush atacou o Iraque em nome das corporações que lhe deram sustentação: do petróleo, das armas, da construção, etc. Obama, que teve a visão de que a guerra contra o terror não é no Iraque, mas no Afeganistão, poderia ter-se poupado desses detalhes relacionados a Bush.

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